Depressão: O que é, Estatísticas, Tipos, Sintomas, Causas, e Como Tratar
Depressão, é bem provável que você já tenha ouvido falar sobre ela. Mas será que você está bem informado a respeito desta doença? Aqui você saberá tudo sobre ela. O que realmente ela é? Quais são as suas causas? Como tratar a depressão? Saiba mais sobre este distúrbio mental.
A Organização Mundial da saúde considera esta doença o Mal do Século. Faz todo o sentido, uma vez que, este quadro emocional extremamente perigoso, tem prejudicado cada vez mais pessoas. Você conhecerá aqui dados concretos que provam quão grave é esta patologia, além de como e porque é que ela se tornado tão comum.
Por muito tempo os seus sintomas não foram levados a sério. A tristeza profunda era tratada como algo natural ou às vezes provocado. Porém, graças a vários estudos, já está comprovado, é sim uma doença e é causada muitas vezes por um desequilíbrio químico no cérebro
Depressão mata! Quantas notícias de pessoas que se suicidaram você viu nos últimos meses? Infelizmente, esta doença tem levado muitas pessoas a tirarem a própria vida. O sentimento de frustração e o desânimo são tão fortes que muitas pessoas têm desistido de viver.
É comum testemunhos de indivíduos próximos que afirmam não fazer ideia do sofrimento vivido pelos entes perdidos.
O conhecimento maior a respeito dessa patologia, tem sido cada vez mais necessário. Este artigo foi preparado pensando exatamente nisso, trazer até você tudo o que você precisa saber a respeito do mal do século.
Esta doença é um caso muito sério e cada vez mais comum na nossa sociedade.
Não perca a oportunidade de entender mais a seu respeito.
O que é a Depressão?
É uma doença causada por um desequilíbrio que ocorre na comunicação entre os neurónios, e que provoca alterações de humor, predominantemente um quadro de profunda tristeza.
O que isso tudo quer dizer? Entenda melhor o que é esta patologia.
Os Distúrbios mentais são alterações que ocorrem a nível psicológico. Algo diferente está a acontecer e a mente está a ser afetada gerando consequências que afetam o humor, o raciocínio e as emoções.
No caso desta doença, surge um estado de constante melancolia e profundo desânimo com a vida. Os sentimentos negativos entram no indivíduo e fazem com que ele fique cada vez mais deprimido.
Esta patologia é um desequilíbrio entre os neurotransmissores. Estas substâncias são as responsáveis pelas comunicações entre as células nervosas.
É através destes pequenos erros ocorridos no Sistema Nervoso que são geradas as graves consequências da doença.
Em breve você descobrirá como estas alterações podem ser provocadas ao conhecer as causas deste quadro de desequilíbrio emocional.
Esta doença pode ser classificada como uma Perturbação de Humor de acordo com o DSM.
Cuidado! Nem todas as pessoas com altos níveis de tristeza estão doentes.
Muitos quadros de tristezas não são patológicos. As pessoas podem ficar desanimadas e chateadas sem que isso seja alarmante.
A preocupação com possíveis quadros depressivos, começa quando essas emoções são constantes. Geralmente, as vítimas desta doença passam semanas sem nenhuma expectativa positiva, em estado de plena frustração.
Em alguns casos esta patologia pode estar associada à ansiedade e ao stress
Agora que você já sabe melhor o que é esta doença, continue a ler, para conhece-la melhor.
Estatísticas
Hoje em dia, é comum, conhecermos alguém que tenha vivido uma experiência com este distúrbio mental. Talvez você mesmo já tenha passado por isso.
Neste artigo, descobrirá dados sólidos e comprovados sobre as estatísticas, envolvendo a incidência desta doença à volta do mundo.
Segundo dados da Organização Pan Americana de Saúde (OPAN) que divulgou informações equivalentes às da Organização Mundial da Saúde (OMS), 300 milhões de pessoas no mundo sofrem com este distúrbio de humor.
De acordo com estas instituições, esta é a principal causa de incapacidade em todos os continentes.
Se você tinha dúvidas, relativas à importância de se informar sobre esta doença, provavelmente compreendeu o quanto é necessário ficar atualizado e principalmente saber como tratar a depressão.
Portugal é um dos países da Europa que mais sofre com esta doença.
De acordo com os dados do estudo realizado pela Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Nova de Lisboa, com a participação da Universidade Católica Portuguesa, com prevalência de mais de 20% em doenças mentais. A Depressão tem se destacado entre os problemas relacionados.
Ainda de acordo com a OMS, a incidência varia conforme o sexo e a idade.
E no Brasil? Considera que este é um grande problema?
Segundo alguns dados da OMS divulgados pela Organização das Nações Unidas, cerca de 6% da população brasileira vivia com este problema. Não parece tanto em percentagem mas este valor refere-se a aproximadamente 11 milhões de pessoas. No entanto entre 2005 e 2015 aumentou para 18%.
Este distúrbio é mais comum entre as mulheres do que em pessoas do sexo masculino.
É também mais frequente em pessoas de idade adulta avançada, apesar de também poder aparecer já na infância ou juventude.
Sintomas da Depressão
Diante de estatísticas assustadoras como as apresentadas acima, saber reconhecer os sintomas desta doença, é sem dúvidas algo muito importante.
Reconhecer o problema em si ou no próximo, pode ser um passo na prevenção ou mesmo para o tratamento precoce. Neste artigo irá receber as informações necessárias para isso. Em breve descobrirá também, como tratar a depressão.
O sintoma mais visível da doença você já conhece bem, tristeza profunda e a melancolia. Contudo, quais são os outros sinais apresentados por esta patologia?
Os sintomas emocionais são:
- Desânimo
- Irritabilidade
- Desinteresse
- Apatia
- Desprazer
- Pessimismo
- Insegurança
- Medo
- Indecisão
Geralmente os sintomas emocionais, são os primeiros a aparecer. A cautela é sempre necessária para não confundir o aparecimento normal destas emoções, com o tão popular desequilíbrio de humor. Assim, como nos casos de tristeza, todos estes sentimentos podem ser não patológicos.
Em quadros depressivos eles muitas vezes aparecem juntos, fortes e constantes. Fique atento!
Algumas consequências físicas podem ser provadas por estas alterações emocionais. Geralmente os indivíduos que sofrem com esta doença, apresentam sintomas físicos sem nenhuma explicação palpável. A verdade é que estas alterações possuem uma causa essencialmente psicológica, causada pela patologia.
Os sintomas físicos mais comuns são:
- Sono constante (em alguns casos)
- Insónia (em alguns casos)
- Cansaço frequente
- Diminuição da libido
- Dores ou tensão pelo corpo
- Problemas no sistema digestivo
- Falta de fome
- Perda de peso exagerada
- Crises de choro
Várias outras doenças podem provocar estes sintomas físicos, mas em casos como o deste distúrbio de humor, eles certamente aparecem em conjunto com os outros sintomas emocionais.
Não deixe de dar a devida atenção ao notar em você ou em algum ente querido a combinação de alguns destes sinais.
De seguida irá conhecer algumas causas.
Causas da Depressão
Como a depressão se tornou o mal do século? Porque agora? Esta doença não é nova. Quadros emocionais patológicos como este, já existiam desde a antiguidade.
Hipócrates há muitos anos, já falava sobre uma doença que não tinha cunho físico e que provocava um estado de melancolia (descrito por ele) como um estado de espírito constantemente abatido.
Você deve-se questionar sobre, o que isto tem a ver com as causas da depressão? Para entendermos o que provoca estas alterações psicológicas, basta olharmos para as características mais marcantes do século, onde este distúrbio tem sido cada vez mais comum.
Voltamos à nossa pergunta inicial, como é que esta doença se tornou algo tão comum nesta sociedade? Vivemos em um mundo globalizado, corrido e stressante. Ao longo dos séculos evoluímos em muitas áreas mas retrocedemos em qualidade de vida.
A cada dia que passa, mais exigências são feitas ao corpo e à mente mas os cuidados com os mesmos não acompanharam essas medidas.
Além disso, o uso exacerbado de medicamentos, muitas vezes, até sem prescrição médica, tem comprometido o equilíbrio corporal.
Para completar, alimentamo-nos mal, vivemos sempre stressados e convivemos diariamente com a ansiedade.
Você consegue imaginar o quanto é difícil para nossa mente manter tudo em ordem?
Todas estas mudanças que ocorreram à nossa volta e que exigem tanto do nosso cérebro, acabam propiciando uma maior ocorrência de erros. A comunicação entre as células do nosso sistema nervoso é prejudicada e as emoções perdem o controle.
Estas são apenas algumas das causas desse transtorno mental. Nas quais ainda podemos incluir por exemplo situações traumáticas do passado.
Algumas pessoas possuem uma predisposição genética maior para desenvolver este mal. Isso não significa que estes indivíduos terão certamente a doença mas que diante do cenário descrito, eles estão mais vulneráveis.
Tipos de Depressão
Agora que você já tem alguma informação sobre o quadro básico da depressão, serão apresentados aqui os seus tipos. Ela pode apresentar-se de formas diferentes.
– Depressão Major
– Distimia
– Endógena
– Atípica
– Sazonal
– Psicótica
– Recorrente
Depressão Major
Este é o quadro mais comum, também conhecido como unipolar. As suas principais características são tristeza, baixa autoestima e perda de interesse.
Distimia
Neste tipo, os quadros depressivos são menos intensos e oscilam com períodos onde as variações emocionais voltam à sua regularidade. Geralmente estas pessoas vivem assim durante muitos anos.
Endógena
Estes são aqueles casos onde os indivíduos já apresentavam uma predisposição genética para desenvolver a doença. As causas são internas, estão presentes no interior do doente.
Atípica
A patologia é chamada atípica quando apresenta alguns sintomas não equivalentes ao quadro comum da doença. Geralmente é a mais difícil de identificar. As pessoas que por este tipo de distúrbio costumam apresentar sintomas como apetite acentuado e ganho excessivo de peso.
Sazonal
Bem como o nome diz, os episódios depressivos são sazonais, sendo mais comuns no outono e no inverno, quando alcançam o seu maior pico.
Psicótica
Nestes casos os episódios da doença são acompanhados de surtos psicóticos. Dentre as características mais marcantes deste tipo, estão os delírios e as alucinações.
Recorrente
As pessoas que apresentam este tipo de distúrbio manifestam episódios curtos, porém recorrentes de tristeza e desânimos profundos.
Quadros depressivos também podem ocorrer em conjunto com outros desequilíbrios, como no caso do distúrbio bipolar que também é uma perturbação de humor.
Além disso, podem ser provocados por alterações hormonais. Os dois tipos mais comuns são, a Depressão Pós-Parto e os quadros depressivos provocados pelos períodos menstruais.
Como tratar a Depressão
Enfim chegámos ao tratamento! Agora você irá saber algumas formas de como tratar a depressão.
Como vimos, os sintomas da doença acabam afetando a vida do indivíduo por completo, por isso, para tratar o distúrbio é preciso considerar o doente como um todo.
O que isso quer dizer?
Fábio Gomes de Matos Souza no seu artigo “Tratamento da Depressão” explica isso muito bem. Segundo ele para lidar com este distúrbio é preciso trabalhar as suas dimensões físicas, psiquicas e sociais.
Muitas pessoas com quadros mais brandos, conseguem recuperar ligeiramente, através de leituras direccionadas ou por uma postura positiva e determinada. No entanto, isso não fácil.
Não é por acaso que, na maioria dos casos, não é possível encontrar sozinho, a cura para esta doença. Diante de tudo o que vimos até aqui, já está claro que os sentimentos depressivos, são fortes o suficiente, para reduzir todo tipo de expectativa favorável.
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Como é feito o Tratamento?
Na maioria dos casos o tratamento é feito por uma equipa multidisciplinar realizado por um psicólogo e um psiquiatra.
O psicólogo procura a causa do problema, a fim de ajudar o paciente a resolver. Através da terapia irá conduzi-lo, por um caminho contrário ao da doença, descobrindo o que o levou a esta situação e como você mesmo pode conseguir sair dela.
Já o psiquiatra vai favorecer o tratamento, ao indicar o medicamento ideal para o seu caso. Esta patologia possui uma componente física e esta, é responsabilidade do médico.
As alterações neuronais são variadas e cada uma possui um tipo de antidepressivo mais eficaz. O psiquiatra é o único capaz de identificar qual é o melhor medicamento para cada caso.
Alguns tratamentos alternativos, têm ajudado muitas pessoas. Opções como yoga, práticas regulares de exercícios físicos, a descoberta de um novo hobby, meditação, acupunctura, entre outros, também podem ser eficazes.
Sem dúvidas agora já tem mais alguma informação sobre este distúrbio. Este mal que tem assolado tantas pessoas precisa ser prevenido e tratado.
Está claro que os dados são alarmantes mas não existem dúvidas de que esta doença pode ser evitada e tratada.
Se você ou alguém próximo já manifestou alguns dos sintomas descritos neste artigo, procure ajuda. Não é um “luxo” (como o povo costuma dizer) ter esta doença. A doença é real e existe tratamento.
Como afirma a autora Simone Engbrecht no seu livro Aprendendo Lidar com a Depressão, publicado pela editora Sinodal, “A depressão, mais que um acúmulo de sintomas, é uma dor humana que necessita ser escutada”.
Sugerimos bons profissionais para a Depressão, temos indicação que eles são muito bons em Consultas de Psicologia, Psicoterapia e muito mais…
Lutar contra este mal é proteger a vida. Não perca tempo.
Referências
Revisto por: Drª Sandra Correia – Especialista em Psicologia Clínica e da Saúde, Membro Efectivo da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Organização Mundial da Saúde
Organização Pan Americana de Saúde
Almeida, J. Xavier, M. ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NACIONAL DE SAÚDE MENTAL 1º Relatório (apresentado na Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa) Lisboa.
Goncales, C. e Machado, A. (2007). Depressão, o mal do século: De que século? (Trabalho extraído da Dissertação de Mestrado intitulada “Depressão: experiência de pessoas que a vivenciam na pós-modernidade”.) Escola de Enfermagem da Universidade de São Paulo, Brasil.
Sousa, F. (1999). Tratamento da depressão. Revista Brasileira de Psiquiatria. volume.21 s.1
Engbrech, S. (2005). Aprendendo a Lidar com a depressão. (2ªed). Editora Sinodal
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